quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
"Arbeit Macht Frei"
As placas de Auschwitz, ou de Terezinstadt, ou de outros antigos campos têm algum valor histórico, pelo que elas representaram no período nazista, mas creio que não têm valor de mercado. Quem as roubaria? Com que objetivo?
Não dá para ficar calado.
Sean, o sobrevivente
Não dá para ficar calado.
Leia em voz alta para seu filho desde o 1º ano de vida
Não dá para ficar calado.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
"Dificuldade de aprendizagem" - expressão maldita
Não dá para ficar calado.
Dificuldades para aprender
Neste fim de ano letivo, muitos pais se preocupam com o rendimento passado do filho. Há os que ficam bravos com baixas notas, recuperação ou mesmo reprovação. Mas há os que ficam apreensivos porque ouvem dos professores que seu filho apresenta dificuldades de aprendizagem.
Deveríamos abolir essa expressão quando nos referimos à vida escolar das crianças -e temos motivos para tanto. O principal deles é que, por trás dessa frase, há uma multiplicidade de sentidos sem muita coerência entre si. Alunos com ritmos de aprendizagem diferentes dos de seus colegas, alunos dispersos, alunos com estilos específicos de aprendizagem, entre outros, costumam receber o diagnóstico de "dificuldade de aprendizagem" para justificar o baixo rendimento escolar.
Como entender essa expressão maldita? Vamos nos aventurar na missão possível de desconstruir essa frase tão usada.
O primeiro passo é aceitar a ideia de que todos temos dificuldades de aprendizagem. Por quê? Ora, porque aprender é trabalhoso e difícil e exige um reconhecimento fundamental: o de que não se sabe. Só pode começar a aprender quem admite que não sabe. E talvez um dos grandes problemas que crianças e jovens do mundo atual enfrentam seja esse.
Tem sido cada vez mais difícil para eles admitir que não sabem, que não conhecem, porque isso angustia e incomoda. E, em tempos de aparências, precisamos mostrar que sabemos muito, não é? Os mais novos logo percebem esse clima e o incorporam em suas vidas.
A questão é que lidar com a angústia de não saber não é fácil, então a melhor saída tem sido rejeitar tal estado. E isso gera dificuldade de aprendizagem, já que essa angústia é o que dispara o aprendizado. Quem tem filhos pode constatar esse fenômeno da recusa do desconhecimento ao observar quantas vezes as crianças repetem a frase "Eu sei, mãe" ou "Eu já conheço, pai".
O segundo passo para desconstruir a frase "dificuldades de aprendizagem" é o de reconhecermos também que o mundo nos leva a sermos hiperativos e dispersos. Ora, isso gera dificuldades para aprender, já que esta é uma atividade que exige concentração, esforço e dedicação -mesmo que temporária- a uma única coisa. Além disso, os obstáculos que surgem têm sido vistos como impedimentos, e não como desafios, por isso preferimos contorná-los a enfrentá-los. Isso, sim, é um problema para muitas crianças do mundo atual: parar, aquietar-se, lidar com a angústia de não saber, se concentrar, perseverar para, então, aprender.
Por isso e por muito mais, em vez de pensar nas "dificuldades de aprendizagem", seria mais produtivo lhes oferecer meios para que se desenvolvam e ponham em prática seu potencial.
Rosely Sayão
Exposições imperdíveis no Rio
O II Festival Internacional de Humor do Rio de Janeiro, no Centro Cultural dos Correios, até 20 de dezembro.
A Imagem do Brasil no Tempo da Segunda Guerra, no Centro Cultural da Justiça Eleitoral, até 31 de janeiro.
Propaganda de Cigarro - Como a indústria do fumo enganou as pessoas, na Caixa Cultural - Unidade Barroso.
Artame Gallery: Arte e Solidariedade e Museu de Imagens do Inconsciente, e Fotografias de André Coelho, Imagens do Insconsciente, no Centro Cultural Justiça Federal, até 31 de janeiro e 17 de fevereiro, respectivamente.
As duas últimas exposições têm especial interesse para o Observatório da Infância e seus visitantes e colaboradores.
Um bom programa para aqueles que se interessam para o ser humano é visitar a exposição do Centro Cultural da Justiça Federal. As fotografias de André Coelho retratam bem o abandono das pessoas na Casa de Saúde Dr. Eiras, em Paracambi. Logo à entrada, um painel explicativo cita pessoas conhecidas que por lá passaram: Emilinha Borba, Paulo Coelho e Garrinha. A exposição da Artame Gallery, de vídeos com doentes entrevistados no seu local de encontro em Paris. São estimulantes.
Não dá para ficar calado.
Suicídio desrespeitado
O jornalista Arthur Dapieve abordou em seu livro, Morreu na contramão - Suicídio como notícia, um acordo ético entre os editores para não divulgar mortes por suicídio, inclusive para editar o exemplo e o "contágio".
O suicídio da artista Leila Lopes, claramente uma mulher em sofrimento, vem sendo escandalizado por alguns jornais de sites na Internet. É um desrespeito e falta de ética.
Por que os veículos de comunicação considerados éticos não reclamam da exploração da imagem e do desserviço feitos pelos seus colegas?
Lembro-me que um estudioso do suicídio entre jovens do Brasil chegou a escrever que o suicídio seria causado pelo "suicidococus contagiosus", uma vez que é muito frequente que outros suicídios se sigam após uma grande divulgação na mídia do suicídio de um personagem conhecido na sociedade.
Além do desrespeito total ao ser humano, a divulgação intensa do bem sucedido suicídio de Leila Lopes com "chumbinho" (veneno de rato) e tranquilizantes é uma boa informação para os suicidas em potencial.
Para reforçar aqui o respeito que merece um ser humano que, geralmente só em grande desespero e depressão, se suicida, leiam algumas palavras que Leila Lopes deixou para a sua família: "Não aguento mais pensar, pagar contar, resolver problemas".
Leia mais sobre suicídio no Observatório da Infância:
- A prevenção do suicídio
- Suicídio na adolescência
- Perguntas e respostas frequentes sobre suicídio
- Grito de socorro
- Bullying na Internet leva adolescente ao suicídio
- Indicação de filmes sobre eutanásia e suicídio assistido
- Mar Adentro
- Eutanásia. Hannah, 13 anos: "Quero morrer feliz, calmamente, em casa, entre os que me amam"
- A ponte (The bridge)
- Referências Bibliográficas sobre Suicídio
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Há famílias brasileiras que se alimentam diariamente de rato-do-mato
No Brasil não há desertos, mas a desertificação já atingiu 7 estados. 15% do território do país e 30 milhões de pessoas que vivem na pobreza ou na miséria absoluta. Para muitos, o alimento básico é o rato-do-mato. Pode-se imaginar como nascem, vivem e morrem as crianças dessas terras brasileiras desertificadas?
Não dá para ficar calado.
Deserto de homens e trabalho
Escrito por Liana MeloPublicado originalmente em O Globo, de 28 de novembro de 2009.
Irauçuba (CE) - Desertificação já atinge 87% do município de Irauçuba, no Ceará. PIB do Nordeste poderá encolher 11,4%
Todo fim de tarde, Francisco Oliveira pedala três léguas, ou 18 quilômetros, para embrenharse no mato. Munido de apenas dois pauzinhos de madeira, ele arma "vários quixós" (uma espécie de armadilha) e volta no dia seguinte, bem cedo.
Sua presa é um rato-domato, também conhecido entre os sertanejos como rabudo. Francisco, 65 anos, chega a levar para casa uma dúzia deles, que são consumidos entre o almoço e o jantar.
Pai de oito filhos, 17 netos e um bisneto, Francisco e a esposa Maria Socorro, de 62 anos, garantem que a carne do bicho é saborosa. Por falta de opção melhor para levar à mesa, a família Oliveira varia apenas na forma do preparo: frito ou cozido.
-Em todos estes anos, nunca dormimos com fome. Rabudo aqui não falta — lembra Francisco, que já usou o bicho até como moeda de troca para comprar legumes.
Não é só na casa de Francisco que o rabudo é um dos itens do cardápio. O bicho já consta do hábito alimentar de Irauçuba — município apontado como um dos polos de maior aridez do semiárido nordestino.
No Ceará, problema já atinge 10% do território Localizado a 150 quilômetros de Fortaleza, no Ceará, a cidade está vivendo um processo avançado de desertificação. Pouco mais de 87% da região já estão virando deserto e o percentual no estado chega a 10,2%.
Cálculos preliminares da Fiocruz e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) dão conta de que o avanço desse processo associado às mudanças climáticas podem provocar uma redução de 11,4% na taxa de crescimento da economia nordestina até 2050. Só a área agricultável do Ceará deverá sofrer um encolhimento de 79,6%.
Vítima recorrente da seca, que é um fenômeno ecológico, a desertificação que atinge a zona rural de Irauçuba é resultante da pecuária, das queimadas (para ampliar áreas de cultivo e pastagem ou para produção de lenha) e do uso inadequado da terra. É comum os agricultores locais abandonarem seus roçados, cultivados no máximo duas vezes, para abrirem novas clareiras.
A agricultura é basicamente de subsistência. Predomina o cultivo de milho e feijão.
A associação da seca com o uso inadequado do solo acabou imputando a Irauçuba o título de o deserto do Ceará.
-Ainda não temos nenhuma área desértica — garante o vice-governador do estado, Francisco Pinheiro (PT), admitindo, que, em outras regiões do Ceará, como no Médio Jaguaribe, onde se encontra a maior extensão de áreas desertificadas (44,1 mil km2) do estado, o processo já atingiu 23,54% do município.
O preocupante, na avaliação do prefeito de Irauçuba, Raimundo Nonato (PHS), é que a desertificação coincide, em grande parte, com os maiores bolsões de miséria da região. A coincidência já virou regra no país, onde a desertificação é uma realidade.
É comum ver as crianças de Irauçuba brincarem com ossada de gado, já que até mesmo uma simples boneca ou uma bola é inacessível ao bolso do sertanejo. Sombra também é algo raro no município.
As queimadas praticamente acabaram com espécies como angico, aroeira e imburana, entre outras. A derrubada das árvores criou também um deserto de pássaros, que migraram à procura de habitat mais amigável para viverem.
-Diante da escassez derecursos e da falta de políticas públicas estadual e federal, sancionamos, em junho, a primeira lei municipal de combate à desertificação. Também criamos um fundo para captar recursos — afirma Nonato.
Cálculos estimados pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) dão conta de que seria necessário um verba anual de R$ 30 milhões para combater o problema no país. A Coordenação de Combate à Desertificação do ministério está contando este ano com apenas R$ 4 milhões.
Estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) concluiu que as mudanças climáticas tendem a aprofundar a desertificação. Para realizar o trabalho "Mudanças Climáticas, Migrações e Saúde: Cenários para o Nordeste Brasileiro 2000-2005", os pesquisadores desenvolveram o Índice de Vulnerabilidade de Desertificação (IVD).
Por este índice, chegou-se à conclusão que 1% do Nordeste se encontra sob risco elevado de desertificação. O Ceará, por sua vez, está no topo da lista, com Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Bahia.
Não bastasse isso, o Ceará é o estado com maior índice de vulnerabilidade à dengue e à leptospirose.
Com o solo empobrecido, está ficando cada vez mais difícil garantir o sustento de quem vive da terra. Até o gado, que ainda é a principal fonte de renda do município, virou vítima da desertificação, depois de ser seu algoz.
A população de bovino é dobro do que a condição ambiental do município suporta.No lugar de 12 mil cabeças, o superpastoreio chega a 20,4 mil cabeças.
Não sobrou nem capim verde para o gado — O gado praticamente não tem mais capim verde para comer. Já até aluguei pasto no Maranhão, para o gado não morrer de fome — lembra o pecuarista Rufino Gomes.
Mesmo que não sobre nenhum açude, ele não terá como repetir a estratégia. É que os estados vizinhos, incluindo o Maranhão, estão com medo da proliferação dos focos de febre aftosa. O pecuarista chegou a pagar R$ 15 de aluguel por cabeça.
Dono de duas fazendas, que juntas somam 2,5 mil hectares, Gomes, também é dono de duas redes de supermercado na região. Ele não descarta substituir seu gado de corte pelo leiteiro.
-Gado como dinheiro.
Criando gado leiteiro posso vender o produto nas redes de supermercados que meus filhos administram — pensa alto Gomes, pai de quatro filhos, dois dos quais cuidam das lojas.
terça-feira, 24 de novembro de 2009
O beijo fraterno histórico
Foi uma excelente oportunidade para assistirmos a vários documentários na TV (sobretudo na TV5 Monde) e a inúmeras reportagens nos principais jornais brasileiros.
Sobre um trecho remanescente do muro, mais de 100 artistas deixaram sua marca. Uma delas é o famoso "Der Bruderkuss", o Beijo Fraterno, retratando o líder soviético Leonid Brejnev e o líder da então República Democrática Alemã (RDA), Erich Honecker.
Não dá para ficar calado.
Pai se joga com o filho, de 2 anos, do 18º andar de um prédio.
Mas por que Cássio Rodrigues, de 30 anos, jogou-se do 18º andar de um prédio, em São Paulo, levando junto seu filho de 2 anos?
Com tantos recursos medicamentosos, por que ele não se tratava?
Não dá para ficar calado.
Mãe esqueceu a filha no carro. O bebê morreu asfixiado.
Há algum tempo, recebemos e-mail de uma brasileira que mora no Japão contando que lá, no estacionamento dos shoppings e supermercados há avisos lembrando sobre a possibilidade de esquecer um filho no carro. O fato é que está se tornando frequente o esquecimento de crianças nos automóveis, pelos pais. Alguns morrem. Alguém sugeriu a criação de um sinal eletrônico de alerta. É uma idéia.
Não dá para ficar calado.
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Mariana Ximenes X Geisy Arruda
Pastor evangélico é condenado a 175 anos de prisão por pedofilia
Bernie Hoffman, conhecido como Tony Alamo, fundador do grupo chamado de Ministérios Cristãos Tony Alamo, foi preso em julho passado por abusar sexualmente de meninas. A notícia é da France Presse.
O juiz Harry Barnes, da Justiça do Arkansas, condenou o pastor americano a 175 anos de prisão e a uma multa de US$ 250 mil por 10 crimes.
Não dá para ficar calado.
Tratamento dos pedófilos ainda na adolescência
Partindo do pressuposto que homens com pedofilia (preferência sexual por crianças e pré púberes) e/ou hebefilia (preferência sexual por adolescentes púberes) começam a demonstrar a sua preferência ainda na adolescência, os autores os incentivam a procurar o tratamento precocemente, ainda na adolescência. Os autores reconhecem as dificuldades e limitações do estudo realizado.
O enfoque na prevenção primária precocemente, parece-me bastante singular e importante no tratamento da pedofilia.
Não dá para ficar calado.
A separação dos pais como sério fator de estresse para os filhos
Estes fatores de risco desencadeiam trajetórias desenvolvimentais caracterizadas por inadequada adaptação, com possível sintomatologia psicopatológica, pior rendimento acadêmico, piores níveis de saúde física, comportamentos de risco, exarcebadas respostas psicofisiológicas ao estresse e enfraquecimento do sistema imunitário.
Leia os artigos sobre o tema, no Observatório da Infância.
Não dá para ficar calado.
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Revejam as fotos premiadas no I Concurso de Fotografia do Observatório da Infância com o tema "Fome de Afeto"
Lucas Terra Soares - SP
2º Lugar
Igor de Melo Venancio - CE
3º Lugar
Milton Luiz de Lima Junior - MG
Inscrições abertas para o II Concurso de Fotografia. Tema: O Medo na Infância. Inscreva-se.
Não dá para ficar calado.
Halloween é o cacete
Síndrome de Down
Segundo a pesquisa, o diagnóstico da síndrome de Down cresceu 71% na Inglaterra, nos últimos 10 anos, em razão das mulheres, hoje, decidirem ter filhos mais velhas. Mas o mais impressionante é que a pesquisa mostra que 92% das mães que optaram pelo exame pré-natal e receberam o diagnóstico da síndrome de Down, se decidiram pelo aborto. 70% das mães com mais de 37 anos fazem o aborto no pré natal. Recebo a notícia com ressalvas, uma vez que não a li no original.
O tema é importante e complexo e merece discussão aqui no Brasil.
Não dá para ficar calado.
Fundamental com 9 anos sacrifica o lazer da criança
A matéria chama a atenção para os prejuízos para as crianças que sacrificam o tempo de brincar para serem alfabetizadas. A esse respeito, você encontrará no Observatório da Infância os seguintes artigos:
- Crianças de 6 anos devem apenas brincar ou já serem exigidas na escola?
- Aprender brincando.
- Como escolher a escola do seu filho.
- O que você sonha para seu filho?
Não dá para ficar calado.
Usuários de crack
Segundo as autoridades, o devastador crack já é a droga mais usada por menores de rua no Rio. É desanimador.
Cracolândia, em São Paulo. (Fotos: Hélvio Romero / AE)
Jovens moradores de rua consomem crack livremente no Rio. (Foto: Domingos Peixoto / O Globo)
Leia mais sobre o tema:
Não dá para ficar calado.
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Dez alunos sofreram bullying em escola particular durante 1 ano
A matéria tem repercutido inclusive no Jornal Hoje, da TV Globo, de 27/10. Em Recife, o tema está sendo discutido e outras mães passaram a denunciar situações semelhantes de bullying ocorridas com seus filhos.
Aproveitamos a oportunidade para reproduzir parte da matéria do Diário de Pernambuco e as dicas do Observatório da Infância para os pais prevenirem o bullying.
Na mesma escola, mais uma vítima de bullying
Violência. Mãe procurou o Diario para contar que o filho de 12 anos também sofreu o abuso no colégio religioso.
Marcionila Teixeira (marcionilateixeira.pe@diariosassociados.com.br)
O alvo principal eram as pernas. Um dia, os machucados foram tantos que as dores impediram o garoto de ir à escola. O corpo estava moído pelos espancamentos. Aos 12 anos e novato, o estudante da 6ª série passou quatro meses sendo agredido por quatro colegas de sala de aula. Sofria calado, com medo da reação da família e consequentemente dos agressores. Um dia, cansado da situação, contou tudo à avó materna. O pesadelo relatado é real e teria acontecido no mesmo colégio religioso do Recife denunciada por ocorrências de bullying na semana passada. O caso foi revelado com exclusividade ao Diario, ontem, pela mãe do aluno, que não prestou queixa à polícia. Até a próxima sexta-feira, o delegado Thiago Uchôa disse que espera concluir o inquérito que apura as denúncias feitas por outros oito pais de adolescentes que estudam na unidade de ensino. Ele adiantou que provavelmente vai optar por aplicar aos três jovens agressores a medida de prestação deserviço à comunidade, prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Segundo a mãe do menino da 6ª série, o filho foi espancado e ficou até sem condições de ir à escola. Foto: Ricardo Fernandes/DP D.A Press
A situação do menino de 12 anos somente se normalizou no meio deste ano, quando o seu pai foi à escola para pedir providências à diretoria. Hoje, agressores e agredido convivem normalmente, mas por uma atitude decisiva da família, que exigiu uma ação do colégio. Os pais dos adolescentes foram chamados para conversar e as relações melhoraram. "Vou tirar meu filho da escola. Não fiz isso antes para ele não perder o ano. Assim como eu, outras mães vão fazer o mesmo", comentou a mãe da criança. Ela disse, ainda, que o grupo que batia no filho dela não é o mesmo citado pelos pais que procuraram a Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA).
As manchas da violência praticada contra o menino de 12 anos também ficaram no psicológico. "Por muito tempo ele ficou sem querer ir para a escola, mandava eu fechar as portas de casa, se isolou. Ficou agressivo, algo parecido com pânico. Sonhava em colocar meu filho naquela escola porquequeria unir a educação tradicional com a religiosa, mas me decepcionei", comentou a mãe do aluno.
Estudo - Estudiosa do assunto, a professora da Universidade do Vale do São Francisco (Univasf), em Petrolina, Virgínia Passos, disse que no Brasil o bullying tem se caracterizado por agressões ocorridas até mesmo dentro de sala de aula. "No exterior, esse tipo de situação acontece mais no pátio ou no caminho da escola", destacou. Virgínia está fazendo doutorado e vai investigar como as relações entre professor e aluno podem influenciar na prática do bullying. "O agressor não escolhe a vítima aleatoriamente. Será que o agressor não é aquele aluno criticado em sala, colocado para fora, desacreditado?", supôs a professora. O trabalho deverá ficar pronto dentro de dois anos. "Muitas vezes os pais e a escola tratam a situação como se fosse natural entre as crianças", acrescentou.
O delegado disse que já ouviu os três alunos acusados das agressões em dias diferentes: na quinta-feira, na sexta-feira e ontem. "Todos citaram que costumavam brincar e que todos participavam. Um deles, no entanto, destacou que não gostava das brincadeiras mais pesadas", disse Uchôa. Ainda segundo Uchôa, não aconteceram mais ameaças para uma das mães das vítimas como a registrada na semana passada. Por telefone, um jovem se identificou como amigo dos acusados e disse que daria uma surra em toda a família da vítima. "Acredito que isso foi mais uma brincadeira de mau gosto do grupo, mas nada foi confirmado até agora", acrescentou o delegado.
Observe seu filho
- Demonstrar falta de vontade de ir à escola
- Sentir-se mal perto da hora de sair de casa
- Pedir para trocar de escola
- Revelar medo de ir ou voltar da escola
- Pedir sempre para ser levado à escola
- Mudar frequentemente o trajeto entre a casa e a escola
- Apresentar baixo rendimento escolar
- Voltar da escola, repetidamente, com roupas ou livros rasgados
- Chegar muitas vezes em casa com machucados inexplicáveis
- Tornar-se uma pessoa fechada, arredia
- Parecer angustiado, ansioso, deprimido
- Apresentar manifestações de baixa autoestima
- Ter pesadelos frequentes, chegando a gritar "socorro" ou "me deixa" durante o sono
- Perder, repetidas vezes, seus pertences, seu dinheiro
- Pedir sempre mais dinheiro ou começar a tirar dinheiro da família
- Evitar falar sobre o que está acontecendo, ou dar desculpas pouco convincentes para tudo
- Tentar ou cometer suicídio
De que maneira os alunos se envolvem com o bullying?
Os autores são, comumente, indivíduos que têm pouca empatia. Frequentemente pertencem a famílias desestruturadas, nas quais há pouco relacionamento afetivo. Seus pais exercem uma supervisão pobre sobre eles, toleram e oferecem como modelo para solucionar conflitos o comportamento agressivo ou explosivo. Os alvos são pessoas ou grupos que são prejudicados ou que sofrem as consequências dos comportamentos de outros e que não dispõem de recursos, status ou habilidade para reagir ou fazer cessar os atos danosos contra si. São, geralmente, pouco sociáveis. Um forte sentimento de insegurança os impede de solicitar ajuda. São pessoas sem esperança quanto às possibilidades de se adequarem ao grupo. A baixa autoestima é agravada por intervenções críticas ou pela indiferença dos adultos sobre seu sofrimento. Alguns creem ser merecedores do que lhes é imposto. Têm poucos amigos, são passivos, quietos e não reagem efetivamente aos atos de agressividade sofridos. Muitos passam a ter baixo desempenho escolar, resistem ou recusam-se a ir para a escola, chegando a simular doenças.Trocam de colégio com frequência, ou abandonam os estudos. Há jovens que, em depressão, acabam tentando ou cometendo o suicídio.
E o bullying envolve muita gente?
A pesquisa mais extensa sobre o assunto, realizada na Grã-Bretanha, registra que 37% dos alunos do primeiro grau e 10% do segundo grau admitem ter sofrido bullying pelo menos, uma vez por semana. Os meninos, com uma frequência muito maior, estão mais envolvidos com o bullying, tanto como autores quanto como alvos. Já entre as meninas, embora com menor frequência, o bullying também ocorre e se caracteriza, principalmente, como prática de exclusão ou difamação.
Quais são as consequências do bullying sobre o ambiente escolar?
Quando não há intervenções efetivas contra o bullying, o ambiente escolar torna-se totalmente contaminado. Todas as crianças, sem exceção, são afetadas negativamente, passando a experimentar sentimentos de ansiedade e medo.
Fonte: Observatório da Infância
Um filme retrata bem a situação de alguns alunos de escola interna, na Suécia, que sofrem bullying. O filme chama-se "Raízes do Mal" (Evil, 2003) e está disponível em vídeo.
Não dá para ficar calado.
Síndrome do Bebê Sacudido no Fantástico
Mais informações já publicadas neste blog.
Clique, para saber mais sobre o assunto, no Observatório da Infância.
Não dá para ficar calado.
Pesquisa traça perfil de vítimas de abuso sexual
A pesquisa foi feita com 66 meninas e 3 meninos entre 10 e 19 anos de oito Estados (Pará, Sergipe, Rio Grande do Norte, Piauí, Bahia, São Paulo, Mato Grosso e Rio Grande do Sul), que foram vítimas de exploração sexual e hoje são atendidas por instituições especializadas.
O relatório mostra ainda que o abuso leva também a outras situações traumáticas, como a gravidez indesejada, o aborto e o abandono dos filhos. Três em cada dez meninas vítimas de exploração sexual já ficaram grávidas pelo menos uma vez na vida, sendo que 17% delas perderam os filhos por abortos naturais (6%) ou provocados (11%). Das que levaram a gravidez adiante, apenas 5,8% vivem com seus filhos hoje.
Dos entrevistados, 40% dizem que usam o dinheiro recebido no abuso para autossustento, mas 65% relatam que gastam comprando objetos pessoais, como celulares e roupas de marca. Para 30% das vítimas, o dinheiro obtido com o sexo é usado para comprar drogas, especialmente álcool (88%) e cigarro (63%)
A pesquisa constatou ainda que, além da relação sexual, a violência contra crianças e adolescentes acontece mais comumente na forma de conversas sobre sexo (74,2%), manipulação de partes íntimas do corpo da criança/adolescente (50,7%) e pedidos para ser tocado (43,1%).
Fonte: Folha de Londrina
Não dá para ficar calado.
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Inscrições Abertas: II Concurso de Fotografia - O Medo na Infância
Você sabe o que é mitomania?
O filme clássico sobre mitomania é "O Adversário", disponível em vídeo. É também uma história real, que ocorreu na França.
Não dá para ficar calado.
Livro sobre bullying recebido e recomendado: Perseguição
Não dá para ficar calado.
O perigo dos boylovers na sociedade
Foto: Loic Venance/AFP
Como um alerta aos pais, sobretudo em relação à Internet, vamos reproduzir aqui trechos de um comentário anônimo, deixado no nosso site, de um indivíduo que reconhece ser um boylover e defende o seu direito de ser um boylover, ou seja, de praticar um crime previsto em lei.
Trecho 1:
"Meu amigo, uma coisa é um pedófilo e abusos sexuais, outra coisa é um boylover.
como o nome indica um boylover é um homem ou uma mulher adulta que se sente sexualmente atraida por rapazes de idades inferiores a 18 anos, indico também que muitos boylovers ou a maioria deles sao CONTRA o abuso sexual a crianças menores."
Trecho 2:
"Um boylover fica tão apaixonado como qualquer outra pessoa, mas simplesmente por rapazes..."
Trecho 3:
"Como ouvi ja muitas vezes, os Boylovers são pessoas com distúrbios mentais, com algum problema mental ou trauma de infância, provavelmente foram violados quando eram mais novos.
Mais Uma vez, ideia COMPLETAMENTE ERRADA."
Trecho 4:
"Está confirmado que cerca de 20% dos homens sentem-se sexualmente atraidos por rapazes.
As tentativas de "curas" em psicólogos etc.. tal como homossexuais, tal como boylovers, Sempre Falham.
Tão a ver o que se está a passar aqui?!
Tudo aquilo que se passou com os homossexuais, se está a passar AGORA com os Boylovers!
Se leu isto até ao fim, irá ter um novo pensamento sobre os Boylovers. Reparem, os boylovers são pessoas tão normais como você, os boylovers nasceram boylovers, não é uma escolha, mas sim, uma orientação sexual."
Não dá para ficar calado.
Um ato de reverência à vida
Escolas do Rio deverão, por lei, prevenir e combater o bullying
Leia, na íntegra, lei 5.089 de 6 de outubro de 2009.
Não dá para ficar calado.
Uma Internet segura para seus filhos
Fonte: O Estado de São Paulo, 12 de outubro de 2009
Não dá para ficar calado.
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Copacabana Sitiada
Não dá para ficar calado
Copacabana Sitiada
Estamos mudando nossa vida, nossos hábitos. Já evitamos andar por certas ruas, virar algumas esquinas, evitar certos horários, frequentar nosso comércio habitual, ir em certos locais, em decorrência da insegurança gerada pela população de rua. Alguns moradores nem saem mais à noite de suas casas temerosos pelo preciso encontro com aquele ou aquela agressiva pedinte que esmola e rouba em pontos habituais, conhecidos pelas autoridades.
Aquela já não é mais a nossa rua. Naquele ponto de ônibus não podemos mais pegar ou saltar para irmos ou voltarmos onde precisamos estar diariamente. Aquele horário da missa já não dá mais para ir. Enfim, esse nosso bairro já não mais nos pertence - nós, moradores que o mantemos, pagamos os impostos que contribuem para a sociedade.
Pontos comuns com os mesmos meliantes, conhecidos por todos nós, continuam nos achacando pedindo trocado, comida, salgadinho, fralda, leite, lata de refrigerante, enfim, tudo que possa servir de escambo para a famigerada droga. Há relatos de diversos alunos que tiveram que mudar suas rotinas para não serem mais molestados por esses indivíduos. Alguns já não podem mais sair de casa sozinhos, nem mesmo frequentar suas próprias ruas, pois sempre precisam "pagar o pedágio" para que fiquem livres. Quando não dão, perdem cadernos escolares, livros, material didático para seu aprendizado. Já imaginou o que é para este jovem e seus pais perceberem que se tornou impossível estudar naquela escola, já que nem mais ali conseguem chegar?
É lamentável por parte da população que insiste em dar coisas para a população de rua. Será que ela ainda não percebeu que esse trocado vai servir para comprar a faca que servirá para o assalto e até mesmo o assassinato de um jovem, idoso ou turista? Será que essa pessoa ainda não se conscientizou que ela está sendo conivente com este futuro crime?
E por parte da polícia e Guarda Municipal? Até quando teremos que relatar nestas páginas e nas reuniões das associações de moradores que as ruas Barata Ribeiro, Raimundo Corrêa, Leopoldo Miguez, Júlio de Castilhos, Barão de Ipanema, Dias da Rocha e até mesmo a Avenida Nossa Senhora de Copacabana se tornaram insuportáveis ao entardecer, principalmente nos domingos e feriados? O final de semana do feriado de 7 de setembro foi tenebroso em questão de segurança pública em Copacabana. Durante esses três dias tivemos diversos pequenos delitos realizados na esquina da Rua Barão de Ipanema com Av.N.S.de Copacabana, sequestro, assassinato. Em uma das situações uma adolescente que voltava de uma aula particular foi abordada pela já conhecida garota de rua que fica entre as ruas Raimundo Corrêa e Barão de Ipanema com agressão verbal, intimidação por faca, mas deu a sorte de entrar numa padaria e aguardar seus pais a buscarem. Resultado: não quer mais andar na rua e está com sério problema psicológico, deixando até de ir às aulas normais, portanto perdendo provas do bimestre. Quem vai arcar com este e outros problemas? O Estado? Se todos os moradores o acionarem por este problema, certamente estará falido em tempo recorde.
Até quando vamos ter que aguentar a corrupção e o assistencialismo político sem que nada seja feito para modificar este tenebroso quadro que nos ataca em nosso cotidiano? Se esta situação continuar assim, em menos tempo do que se espera não teremos mais a sociedade organizada e sim regiões tomadas por bárbaros/selvagens que não têm noção de civilidade, trabalho, honra.
Mauro Franco
Livro recebido: Bullying. O que você precisa saber - Identificação, prevenção e repressão
Oportunismo traz Isabella Nardoni de volta à mídia
Felizmente a mãe de Isabella, Ana Carolina Oliveira, conseguiu na Justiça impedir o lançamento do livro.
Leia mais sobre o caso Isabella Nardoni, no Observatório da Infância:
Quem matou Isabella?
A morte de Isabella poderia ter sido evitada?
Para não esquecer: Isabella Nardoni
Ninguém mata na 1ª agressão, diz pediatra
João Vitor, Igor, Pedrinho, Isabella
Atenção: Pedido de habeas corpus para pai e madrasta de Isabella está no STF
Irmão de Isabella, de 3 anos, pode ser convocado a depor
Irmãos de Isabella têm que ser acompanhados pelo Conselho Tutelar
"Eu joguei Isabella pela janela."
Não dá para ficar calado.
Lei Joanna Maranhão contra crimes sexuais
Joanna Maranhão é um exemplo de luta e coragem para toda a sociedade.
Foto: Ailton de Freitas / O Globo
Leia mais sobre o caso de abuso sexual de Joanna Maranhão no Observatório da Infância:
Joanna, a nadadora que derrubou o muro do silêncio que cerca o abuso sexual
O que sente uma criança vítima de abuso sexual?
Como superar o trauma do abuso sexual
Não dá para ficar calado.
Salários de professores
É possível manter-se atualizado e ser um bom professor com esses salários? Já é uma tradição pagar mal a professores e médicos. Dizem que estas duas atividades profissionais não trazem lucros financeiros e o número enorme desses profissionais inviabiliza o pagamento de salários melhores.
Tudo isso é revoltante. O que se pode esperar do desenvolvimento de uma criança em um país onde educação e saúde não são prioridades?
Sobre o salário de médicos, leia o artigo "Vagas para médicos especialistas", publicado no Observatório da Infância.
Não dá para ficar calado.
7182 adolescentes pesquisados sobre bullying
Foram entrevistados 7.182 adolescentes de 230 escolas americanas. A média de idade foi 14,3 anos. A prevalência do bullying escolar, entre adolescentes que sofreram ou praticaram o bullying, pela menos uma vez nos últimos 2 meses, foi:
Bullying físico | 20,8% |
Bullying verbal | 53,6% |
Bullying social | 51,4% |
Cyberbullying | 13,6% |
Além do grande número de alunos entrevistados, chama a atenção a prevalência do bullying verbal (53,6%) e do bullying social ou relacional (51,4%).
As ofensas verbais continuadas são a forma mais frequente de bullying, também entre nós. O bullying social nas escolas - fofocas, exclusão do grupo, destruição da imagem - são praticados principalmente por alunas e o bullying físico por alunos.
Veja mais uma pesquisa sobre bullying, no Observatório da Infância.
Não dá para ficar calado.
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Bebês devem dormir de barriga para cima
Esta é a recomendação da SBP, que apoia campanha da Pastoral da Criança. O assunto será tema de conferência da dra. Magda Lahorgue Nunes no Congresso Brasileiro de Pediatria, dia 12 de outubro, às 11h, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. Dra. Magda coordena o Núcleo de Estudos sobre o Sono da entidade e é autora, com colaboradores, de texto publicado na revista eletrônica SBP Ciência, aqui no portal. Segundo estudos, dormir nessa posição reduz em até 70% o risco de morte súbita – uma das principais causas de óbitos de crianças com até um ano. "O hábito de deixar o bebê dormir de lado está enraizado na nossa cultura. Existe uma crença muito forte de que o bebê pode se afogar se estiver de barriga para cima, mas os estudos mostram que isso não é verdade”, salienta a dra. Magda.
Principais Recomendações
1 - POSIÇÃO CORRETA
Bebês devem dormir de barriga para cima, e não de lado ou de barriga para baixo. Os riscos de dormir de lado são semelhantes aos de dormir de bruços. Essa posição é instável e muitos bebês rolam e ficam de barriga para baixo.
2 - VÔMITO
Se o bebê está de barriga para cima e vomita, a tendência é tossir, e com isso chamar a atenção dos pais.
3 - SUPERAQUECIMENTO
Evite agasalhar demais o bebê na hora de dormir, pois isso dificulta os movimentos e pode superaquecê-lo.
4 - INCLINAÇÃO
A inclinação da cama não precisa ser maior do que 5%. Deixe os braços para fora da coberta para evitar que o bebê deslize e fique sufocado pelo cobertor.
5 - OBJETOS DECORATIVOS
Deixe o berço livre de almofadas, travesseiros, "cheirinhos", pelúcias e outros brinquedos, pois eles podem dificultar a respiração.
MORTE SÚBITA
É o nome que se dá para a morte de crianças menores de 1 ano que morrem de forma inesperada e sem explicação durante o sono. Ocorre mais frequentemente nos primeiros meses de vida.
FATORES DE RISCO
- A posição de dormir
- Exposição ao fumo durante a gravidez e após o nascimento
- Consumo de álcool e drogas durante e após a gestação
- Falta de aleitamento materno
- Uso de colchões e travesseiros muito moles ou fofos
- Prematuridade ou baixo peso ao nascer
Fonte: www.sbp.com.br
Não dá para ficar calado.
Castigo físico para educar
E no Brasil? A aplicação do castigo físico como forma de educar os filhos deve ser mais discutida no Brasil. É importante não aceitar uma situação que nos foi culturalmente imposta.
Não dá para ficar calado.
Professor e aluna de 11 anos: abuso sexual pela Internet
Na escola, os professor propunha os encontros com a menina. O desfecho se deu quando ela aceitou um encontro com o professor em uma praça no Leblon. Ela decidiu contar para a mãe, que a acompanhou. O professor fugiu ao vê-las. O caso hoje está em uma Vara Criminal do Rio.
Não dá para ficar calado.
A Besta
Os autores são os escritores suecos mais importantes da atualidade. O romance "A Besta" é muito violento. Muitos não gostarão de lê-lo. Mas é um livro importante. O tema básico é a pedofilia, o abuso sexual de crianças e a reação da sociedade.
A grande indagação é: A vida de um criminoso vale tanto quanto a de uma vítima inocente? E se as vítimas forem crianças?
A nuances da atividade de um pedófilo para conquistar suas vítimas, de cerca de 5 anos, em jardins de infância na Suécia, são bem discutidas no livro.
Não dá para ficar calado.
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Índios. Preconceito e indiferença
Clique para visualizar a apresentação.
Não dá para ficar calado.
Ética e relações familiares
O tema central é "Ética e Relações Familiares". A programação é a que divulgamos abaixo. Até mesmo aqueles que não puderem estar presentes se beneficiarão tomando conhecimento dos temas abordados, que certamente refletem o que há de mais atual e importante e que mais preocupa, não só os profissionais da área de direito, mas todos aqueles que lidam com a criança e o adolescente.
Não dá para ficar calado.
ÉTICA E RELAÇÕES FAMILIARES
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
Teatro João TheotônioRua da Assembléia, 10 - subsolo - CentroRio de Janeiro - RJ
Este Congresso está aberto a advogados, magistrados, membros do M.P., defensores públicos, psicólogos, psicanalistas, terapeutas de família, assistentes sociais, estudantes e demais interessados.
Valores das inscrições:
Profissional R$ 250,00
Sócio do IBDFAM R$ 200,00
Estudante R$ 100,00
Ao preencher o formulário de inscrição, coloque seu nome completo, profissão e endereço. Se sócio do IBDFAM, o número da inscrição de sócio; se estudante, indique a faculdade, o curso e a série que freqüenta, indicando, ainda, um telefone para contato.Utilize o campo do formulário "Como soube do evento" para outras informações.
Inscreva-se aqui!
O depósito do valor da inscrição:Banco Bradesco (237) Agência 2903-3 Conta corrente 11711-0. Favorecido IBDFAM.
A confirmação da inscrição está condicionada à comprovação identificada do pagamento; o comprovante do depósito deverá ser enviado através do fax (21) 2509-6832 ou para o e-mail congressoibdfamrio@gmail.com
- Serão concedidas 16 horas de estágio, reconhecidas pela OAB/RJ.
- Os inscritos deverão apanhar suas credenciais no dia 28, no local do evento, entre 16 e 18:30 horas.
PROGRAMA
Dia 28 de setembro segunda-feira
19:00h Abertura
Conferência O direito de decidir - Anencefalia e outras questões difíceisConferencista LUIZ ROBERTO BARROSO Professor titular de Direito Constitucional (UERJ). Mestre pela Yale Law School
Dia 29 de setembro terça-feira
9:00h Painel
Princípios fundamentais para o Direito de Família
Expositor RODRIGO DA CUNHA PEREIRA
Advogado. Presidente do IBDFAM. Doutor (UFPR). Mestre em Direito Civil (UFMG)
10:45h Café
11:00h Painel
Lei Maria da Penha - A Ética na sua aplicação
Expositores
ALEXANDRE CÂMARA Desembargador TJ-RJ
LEILA LINHARES BARSTED Advogada e pesquisadora
14:30h Painel
Direitos Humanos e relações familiares
Expositora FLAVIA PIOVESAN Procuradora do Estado de São Paulo. Professora doutora de Pós-Graduação da PUC-SP e da PUC-PR. Mestre e doutora em Direito Constitucional (PUC-SP)
16:00h Café
16:30h Painel
A oitiva do menor e a valorização do seu discernimento
Expositora ANA CAROLINA BROCHADO TEIXEIRA
Advogada. Mestre em Direito Privado (PUC-MG). Doutoranda em Direito Civil (UERJ). Diretora do IBDFAM
Dia 30 de setembro quarta-feira
9:00h Painel
A Ética pelos aplicadores do Direito
Expositor CARLOS EDUARDO PIANOVSKI RUZIK
Advogado. Mestre e doutor em Direito das Relações Sociais (UFPR). Professor de Direito Civil (UFPR e PUC-PR)
10:45h Café
11:00h Painel
Dano moral no rompimento das relações familiares
Expositora CONCEIÇÃO A. MOUSNIER Desembargadora TJ-RJ
14:30h Painel
Ética nos conflitos familiares
Expositor SYLVIO CAPANEMA DE SOUZA Advogado. Desembargador aposentado (TJ-RJ).Professor de Direito Civil (UCAM e EMERJ)
16:00h - Café
16:30h Painel
Alienação Parental - A quebra da Étic
Expositora MARIA BERENICE DIAS
Advogada. Ex-desembargadora (TJ-RS). Vice-Presidente do IBDFAM
18:00h Sessão de encerramento
Leitura da Carta do Rio de Janeiro
IBDFAM/RioRua da Quitanda, 19 - grupo 610/11Centro - Rio de Janeiro - RJ
Diretoria :
Leilah Borges da Costa (Advogada)Presidente
Conceição A.Mousnier (Desembargadora)Vice-Presidente
Kátia Regina F.L.A. Maciel (Promotora de Justiça)Secretária
Bernardo Moreira Garcia (Advogado)1º Tesoureiro
Roberta Tupinambás (Advogada)2ª Tesoureira
Parceria: IAB / IBDFAM/Rio
terça-feira, 15 de setembro de 2009
A insanidade e paixões na disputa pela posse dos filhos
Um menino norte-americano de seis anos cuja custódia era disputada pelos pais apareceu vivo na sexta-feira (4) depois de ter ficado desaparecido durante quase dois anos, segundo a polícia.
Ele estava escondido com sua mãe em um pequeno "quarto secreto" da casa de sua avó, em Franklin, no estado americano de Illinois.
Richard "Ricky" Chekevdia estava fisicamente bem, segundo os policiais, que descobriram o garoto ao cumprir uma ordem judicial de busca no local, uma casa na zona rural. Segundo a polícia, o garoto afirmou que estava muito feliz por ter sido libertado.
O garoto Richard Chekevdia em foto de 2007, divulgada pelo pai.
Foto: AP
A mãe do garoto, Shannon Wilfong, de 30 anos, é acusada de abdução de menor e está presa. A avó, Diane Dobbs, de 51, foi acusada de cumplicidade com o crime. Elas ainda não haviam contratado advogados.
Após ser libertado, o garoto ficou com parentes do pai. Agora, as autoridades investigam a acusação de que o pai teria abusado de Ricky antes de seu desaparecimento. O pai, o ex-policial Mike Chekevdia, nega.
Mike ganhou a custódia temporária de seu filho logo após o garoto e a mãe terem desaparecido, em novembro de 2007. Ele disse que suspeitava havia muito de que o garoto estava com a mãe. Mas, nas vezes em que o procurou na casa, nunca encontrava pistas dele.
O quarto foi construído especialmente para esconder o garoto, segundo a polícia. Do tamanho de uma máquina de lavar roupa, ele ficava escondido por uma parede.
Casa onde o garoto havia sido escondido pela mãe, na zona rural do condado de Franklin, em Illinois.
Foto: AP
"Eu acreditava firmemente que ele estava lá, e agora isso foi confirmado", disse Mike.
Diane, avó do garoto, argumentou a um jornal local que sua filha mantinha o garoto escondido para afastá-lo do pai. Segundo ela, a disputa da custódia foi "um pesadelo" para toda a família.
A que nível chega a insanidade e as paixões na disputa pela posse dos filhos.
Não dá para ficar calado.
Riscos da Internet: pedofilia e bullying
No site há várias recomendações sobre o que os pais devem fazer. Vamos reforçar alguns pontos. Pesquisa recente mostra que cerca de 30% dos pais nunca tomaram alguma providência para proteger seus filhos na Internet. Para eles me dirijo, para dizer da importância do assunto.
- Os pais devem procurar conhecer a Internet pelo menos tanto quanto seus filhos.
- Naveguem juntos.
- Informem seus filhos dos riscos.
- Lembrem-se que os adolescentes frequentam lanhouses.
- Sobretudo, fique o máximo de tempo com seus filhos em crescimento.
Três filmes importantes
- Jogos de poder (Charlie Wilson's War) - Mike Nichols, USA, 2007.
- Bem vindo (Welcome) - Philippe Lioret, França, 2009.
- Neste mundo (In this world) - Michael Winterbottom, Inglaterra, 2002.
Não dá para ficar calado.
No Rio, presos passarão a ser monitorados por equipamento eletrônico
A lei é bem vinda. Será cumprida? Em relação a pedófilos que foram soltos após o cumprimento da pena, a medida é fundamental e já existe em muitos países.
Não dá para ficar calado.
terça-feira, 8 de setembro de 2009
"Não sou moleque de recado"
- Papai, não sou moleque de recado. |
---|
- Mamãe, não sou moleque de recado. |
Não dá para ficar calado.
Código de ética do boylover
Por outro lado, a imprensa vem noticiando frequentemente casos de abuso sexual no Brasil, praticado por profissionais dos mais diversos setores da sociedade. Foge, no entanto, à percepção da mídia a imensa maioria dos casos de abuso sexual contra crianças porque eles ocorrem entre quatro paredes. A vítima é insegura, sente-se culpada, não costuma ser ouvida e acreditada. Foge também aos olhares não só da imprensa mas da Justiça, a imensa maioria dos casos de pedofilia através da Internet. Apesar dos avanços que vêm ocorrendo por conta de ações internacionais e nacionais para impedir a ação dos pedófilos pelos computadores, a tarefa continua sendo gigantesca. Por incrível que pareça, há pessoas no mundo inteiro que aceitam algum tipo de relação sexual com crianças, com ou sem contato físico, como situações normais. Alguns pedófilos através da Internet conquistam suas vítimas, divulgam suas idéias e procuram unir as pessoas que têm o mesmo interesse, ou seja, pessoas que se interessam sexualmente por crianças.
Reproduzo abaixo alguns títulos de matérias divulgadas por pedófilos alguns anos atrás, em sites que já foram desativados.
"Código de ética do boylover."
"Verdades e mentiras sobre os boylovers."
"Como ganhar um menino."
"O que é um boylover?"
É importante também relembrar textos divulgados no nosso site a respeito de a Internet, pelo seu aspecto democrático, barato, de fácil comunicação, ter se tornado o paraíso dos pedófilos. Entre eles, destacamos "Pornografia com crianças na Internet: uma luz no fim do túnel" e "Pedofilia e abuso sexual. Proteja seus filhos. O que os pais podem fazer para prevenir o abuso sexual e proteger seus filhos". Leia também a entrevista com o Dr. João Coutinho de Moura, publicada em nosso site em 08/02/08, "O olhar do psicanalista sobre a questão do abuso sexual de crianças".
Não dá para ficar calado.
Como escolher a escola do seu filho
O assunto já vem sendo tratado no Observatório da Infância. Leiam também:
Crianças de 6 anos devem apenas brincar ou já serem exigidas na escola?
Aprender brincando
Uma conclusão evidente é: como é difícil ser criança e como é difícil sermos pais.
Não dá para ficar calado.
ROSELY SAYÃO
A difícil arte de ser criança
Um colega, professor universitário, disse que não gostaria de ser jovem no mundo de hoje. Penso sempre nisso e concordo com ele. Agora, tenho a mesma maneira de pensar a respeito da criança. Como é difícil ser criança no mundo em que vivemos!
Nos primeiros anos de vida, quando deveria ser livre para brincar, para se relacionar com outras crianças -não necessariamente da mesma idade-, para explorar o mundo com liberdade, sem hora marcada e roteiro preestabelecido, ela precisa bancar uma vida ao modo do adulto e do que ela deverá se tornar no futuro.
Menores de seis anos têm agenda apertada a cumprir, obrigações dos mais variados tipos, preocupações dignas de adultos, escolarização precoce e tudo o mais. Pouco resta de tempo que possa ser usado para a coisa mais importante desse período: brincar sem compromisso. Não há espaço na vida delas para o ócio, veja só.
Depois dos seis anos, mais ou menos, a criança deveria se desenvolver: passar, progressivamente, a se responsabilizar por suas coisas, assumir compromissos, encontrar soluções para situações problemáticas próprias de sua vida, aprender. É o tempo de crescer, que coincide com o início do árduo aprendizado da leitura, da escrita e da aritmética. A vida na escola, que nesse momento representa o mundo para a criança, é, portanto, a situação privilegiada para que ela cresça. E não é que muitos pais têm atrapalhado os filhos em seu crescimento e, portanto, não têm deixado que isso ocorra?
Esses pais têm o que julgam ser um bom motivo: protegê-los de injustiças, sofrimentos, frustrações e problemas. Na verdade, impedem que eles cresçam. Crescer dói e, portanto, certos sofrimentos são inevitáveis.
Há pais que reclamam dos professores de seus filhos, por exemplo. Ora são considerados bravos em demasia, ora injustos em suas atitudes, ora rigorosos ou exigentes além da conta. Acontece que a criança dessa idade precisa aprender a lidar com as incompreensões do mundo, com as pequenas injustiças, com as exigências e cobranças a ela dirigidas, entre outras coisas. Crescer supõe construir mecanismos para fazer frente a essas situações.
Lembro-me de um trecho de um livro de Françoise Dolto -transcrição de um programa de rádio em que respondia a pais aflitos- em que a psicanalista sugeriu que a mãe, cujo filho se recusava a ir para a escola porque a professora era muito brava, dissesse a ele que, se a professora ensinava, não tinha importância se era brava. Esse é um modo de dizer que o filho não pode se recusar a crescer, que esse é seu destino.
Há pais que não querem que filhos dessa idade enfrentem dissabores e arquem com as consequências de seus atos. Permitem que drible os colegas ou a escola quando precisam prestar contas de alguma atitude ou dever. Há os que aceitam desculpas esfarrapadas para os mesmos erros repetidas vezes.
Precisamos ajudar essas crianças a crescer, a seguir em frente. Caso contrário, estaremos plantando um futuro infantilizado em suas vidas.
ROSELY SAYÃO é psicóloga e autora de "Como Educar Meu Filho?" (ed. Publifolha)
Eu não sou dono do mundo, mas tenho culpa porque sou filho do Dono
Filho do Dono
Maria Eugenia
Não sou profeta nem tão pouco visionário
Mas o diário desse mundo tá na cara
Um viajante na boléia do destino
Sou mais um fio da tesoura e da navalha
Levando a vida tiro verso da cartola
Chora viola nesse mundo sem amor
Desigualdade rima com hipocrisia
Não tem verso nem poesia
Que console um cantador
A natureza na fumaça se mistura
Morre a criatura e o planeta sente a dor
O desespero no olhar de uma criança
A humanidade fecha os olhos pra não ver
Televisão de fantasia e violência
Aumenta o crime, cresce a fome do poder
Boi com sede bebe lama
Barriga seca não dá sono
Eu não sou dono do mundo
Mas tenho culpa porque sou filho do dono.
Não dá para ficar calado.
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Por uma infância feliz para crianças e adolescentes
- Twitter (http://twitter.com/obsinfancia e http://twitter.com/naodaparacalar)
- Facebook (http://www.facebook.com/home.php?#/profile.php?id=100000024901088&ref=profile)
- Youtube (www.youtube.com/obsinfancia)
Não dá para ficar calado.
A mitomania é moda no Brasil
Um chama-se "A Agenda" (L'Emploi du Temps - 2001). Melhor filme nos festivais de Veneza e de Viena. Um homem extremamente angustiado tenta infantilmente fugir da realidade através da mentira e da simulação durante um sofrido período de sete meses.
Veja também "O adversário" (Adversaire, L' - 2002). Baseado em um caso real de mitomania ocorrido na França. Leia também o livro "O Adversário", de Emmanuel Carrère - Editora Record.
Dos exemplos brasileiros atuais, não preciso fazer referências. Todos os conhecem bem. Faltam o filme e o livro.
Não dá para ficar calado.