sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Suicídio desrespeitado

O tema suicídio é bastante abordado no site Observatório da Infância. As tentativas de suicídio e o suicídio consumado ocorrem com frequência na infância, sobretudo na adolescência.

O jornalista Arthur Dapieve abordou em seu livro, Morreu na contramão - Suicídio como notícia, um acordo ético entre os editores para não divulgar mortes por suicídio, inclusive para editar o exemplo e o "contágio".

O suicídio da artista Leila Lopes, claramente uma mulher em sofrimento, vem sendo escandalizado por alguns jornais de sites na Internet. É um desrespeito e falta de ética.

Por que os veículos de comunicação considerados éticos não reclamam da exploração da imagem e do desserviço feitos pelos seus colegas?

Lembro-me que um estudioso do suicídio entre jovens do Brasil chegou a escrever que o suicídio seria causado pelo "suicidococus contagiosus", uma vez que é muito frequente que outros suicídios se sigam após uma grande divulgação na mídia do suicídio de um personagem conhecido na sociedade.

Além do desrespeito total ao ser humano, a divulgação intensa do bem sucedido suicídio de Leila Lopes com "chumbinho" (veneno de rato) e tranquilizantes é uma boa informação para os suicidas em potencial.

Para reforçar aqui o respeito que merece um ser humano que, geralmente só em grande desespero e depressão, se suicida, leiam algumas palavras que Leila Lopes deixou para a sua família: "Não aguento mais pensar, pagar contar, resolver problemas".

Leia mais sobre suicídio no Observatório da Infância:
Não dá para ficar calado.

Nenhum comentário: