quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Como esvaziar as filas nos grandes hospitais
A reportagem " A dor que os números não escondem " publicado em O Globo de 24/8, denuncia a péssima situação da Saúde no Estado do Rio de Janeiro, com as ações governamentais voltadas principalmente para o modelo hospitalocêntrico ao qual foi agregado o atendimento híbrido nas UPAs. Não há prioridade para investimentos na rede de atenção primária à saúde. O Programa de Saúde da Família atinge apenas 32% da população do estado. Ou seja, não há prioridade para a prevenção das doenças, nem para o atendimento em nível primário. Crianças e adolescentes com qualquer patologia simples (a maioria) ou com quadros mais complexos, continuam sendo atendidos no nosso estado, nas salas de emergências dos hospitais e nas unidades de pronto atendimento, que ao contrário do que se propaga, foram criadas há mais de 15 anos, com o objetivo único de " esvaziar rapidamente" as salas de emergências dos grandes hospitais. Hojé têm o mesmo objetivo. A diferença é que hoje as UPAs têm um prédio próprio e são alvo de intensa propaganda política. Na época em que surgiram, ficavam dentro do próprio hospital e ninguém se orgulhava delas, pelo contrário, sua existência era um tanto camuflada. Mas atendiam seu objetivo, o mesmo de hoje : esvaziar as filas nos grandes hospitais do Rio, com um atendimento rápido, impessoal e sem compromisso.
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Um comentário:
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