quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Gato foi cadastrado no programa Bolsa Família


Um gato de estimação fez parte, durante cinco meses, da lista de beneficiários do Bolsa Família em Antônio João (300 km de Campo Grande), um dos municípios mais pobres de Mato Grosso do Sul. O animal, chamado Billy, foi inscrito com nome, sobrenome e data de nascimento por seu dono, Eurico Siqueira da Rosa, coordenador local do programa do governo. Billy tinha número de identificação social, cartão magnético e vinha recebendo R$ 20 mensais do governo federal como complementação de renda. A fraude foi descoberta durante a visita de um agente de saúde à casa do suposto beneficiário, em novembro passado. Recebido pela mulher do coordenador, o agente quis saber por qual motivo a criança Billy Flores da Rosa não havia sido levada para fazer a medição e a pesagem, exigidas para os cadastrados no programa. A mulher estranhou a pergunta: "Mas o único Billy aqui é o meu gatinho". O agente relatou o diálogo à prefeitura, que abriu sindicância.

Neste caso, que foi divulgado em vários jornais nos dias 24 e 25/01/09, a fraude foi descoberta. A secretária-executiva-adjunta do Ministério do Desenvolvimento Social, em entrevista, afirmou que trata-se de um caso isolado. Será? É para rir ou é para chorar?

Não dá para ficar calado.

2 comentários:

Anônimo disse...

Isso é um verdadeiro absurdo... As pessoas mesmo necessitando, esperam durante anos para poder receber o benefício do Governo Federal. E um gatinho (Billy) recebia R$ 20,00?? Ah não... Há famílias que não têm míseros R$ 10,00 pra comprar material escolar para os filhos... É UMA VERGONHA...

Anônimo disse...

Caro Dr,

Com referência ao artigo que publiquei no jornal O Globo, sob o título Crime ou Talento, esclareço que não fiz qualquer análise que pudesse ser considerada "fórmula mágica" no referido texto. Apenas acredito que o confinamento em casas de detenção de menores não é o melhor caminho para o caso que deu origem ao meu artigo.
atenciosamente,
Celso Raeder