terça-feira, 29 de setembro de 2009

Bebês devem dormir de barriga para cima

Esta é a recomendação da SBP, que apoia campanha da Pastoral da Criança. O assunto será tema de conferência da dra. Magda Lahorgue Nunes no Congresso Brasileiro de Pediatria, dia 12 de outubro, às 11h, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. Dra. Magda coordena o Núcleo de Estudos sobre o Sono da entidade e é autora, com colaboradores, de texto publicado na revista eletrônica SBP Ciência, aqui no portal. Segundo estudos, dormir nessa posição reduz em até 70% o risco de morte súbita – uma das principais causas de óbitos de crianças com até um ano. "O hábito de deixar o bebê dormir de lado está enraizado na nossa cultura. Existe uma crença muito forte de que o bebê pode se afogar se estiver de barriga para cima, mas os estudos mostram que isso não é verdade”, salienta a dra. Magda.

Principais Recomendações

1 - POSIÇÃO CORRETA

Bebês devem dormir de barriga para cima, e não de lado ou de barriga para baixo. Os riscos de dormir de lado são semelhantes aos de dormir de bruços. Essa posição é instável e muitos bebês rolam e ficam de barriga para baixo.

2 - VÔMITO

Se o bebê está de barriga para cima e vomita, a tendência é tossir, e com isso chamar a atenção dos pais.

3 - SUPERAQUECIMENTO

Evite agasalhar demais o bebê na hora de dormir, pois isso dificulta os movimentos e pode superaquecê-lo.

4 - INCLINAÇÃO

A inclinação da cama não precisa ser maior do que 5%. Deixe os braços para fora da coberta para evitar que o bebê deslize e fique sufocado pelo cobertor.

5 - OBJETOS DECORATIVOS

Deixe o berço livre de almofadas, travesseiros, "cheirinhos", pelúcias e outros brinquedos, pois eles podem dificultar a respiração.

MORTE SÚBITA

É o nome que se dá para a morte de crianças menores de 1 ano que morrem de forma inesperada e sem explicação durante o sono. Ocorre mais frequentemente nos primeiros meses de vida.

FATORES DE RISCO

- A posição de dormir
- Exposição ao fumo durante a gravidez e após o nascimento
- Consumo de álcool e drogas durante e após a gestação
- Falta de aleitamento materno
- Uso de colchões e travesseiros muito moles ou fofos
- Prematuridade ou baixo peso ao nascer

Fonte: www.sbp.com.br

Não dá para ficar calado.

Castigo físico para educar

Artigo publicado na revista especializada The International Journal, da ISPCAN (International Society for Prevention of Child Abuse and Neglect), mostrou que de 2.315 adultos entrevistados em toda a Espanha, 56,3% acha ser necessário o castigo físico para educar crianças. Nos EUA, 60% dos pais aceitam o castigo físico como forma de educar os filhos.

E no Brasil? A aplicação do castigo físico como forma de educar os filhos deve ser mais discutida no Brasil. É importante não aceitar uma situação que nos foi culturalmente imposta.

Não dá para ficar calado.

Professor e aluna de 11 anos: abuso sexual pela Internet

Durante 5 anos, professor de 59 anos assediou sexualmente uma aluna, dos 11 até os 16 anos. O fato ocorreu em um dos mais prestigiados colégios da zona sul do Rio de Janeiro. Os diálogos eram sobretudo pela Internet (às vezes com uso de webcam) e pelo celular.

Na escola, os professor propunha os encontros com a menina. O desfecho se deu quando ela aceitou um encontro com o professor em uma praça no Leblon. Ela decidiu contar para a mãe, que a acompanhou. O professor fugiu ao vê-las. O caso hoje está em uma Vara Criminal do Rio.

Não dá para ficar calado.

A Besta

"A Besta", Editora Planeta, 2009, Autores: Anders Roslud e Börge Hellström.

Os autores são os escritores suecos mais importantes da atualidade. O romance "A Besta" é muito violento. Muitos não gostarão de lê-lo. Mas é um livro importante. O tema básico é a pedofilia, o abuso sexual de crianças e a reação da sociedade.

A grande indagação é: A vida de um criminoso vale tanto quanto a de uma vítima inocente? E se as vítimas forem crianças?

A nuances da atividade de um pedófilo para conquistar suas vítimas, de cerca de 5 anos, em jardins de infância na Suécia, são bem discutidas no livro.

Não dá para ficar calado.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Índios. Preconceito e indiferença

Do colega pediatra Paulo Borchert recebi esta apresentação de slides verdadeiramente artísticos, sobre os índios brasileiros.

Clique para visualizar a apresentação.

Não dá para ficar calado.

Ética e relações familiares

O I Congresso do Intituto Brasileiro de Direito da Família será realizado entre os dias 28 e 30/09/09, no Teatro João Theotônio, da Universidade Candido Mendes, no Centro, Rio de Janeiro.

O tema central é "Ética e Relações Familiares". A programação é a que divulgamos abaixo. Até mesmo aqueles que não puderem estar presentes se beneficiarão tomando conhecimento dos temas abordados, que certamente refletem o que há de mais atual e importante e que mais preocupa, não só os profissionais da área de direito, mas todos aqueles que lidam com a criança e o adolescente.

Não dá para ficar calado.



I Congresso do Instituto Brasileiro de Direito de Família
De 28 a 30/09/2009 - Local: Universidade Candido Mendes - RJ

ÉTICA E RELAÇÕES FAMILIARES
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
Teatro João TheotônioRua da Assembléia, 10 - subsolo - CentroRio de Janeiro - RJ

Este Congresso está aberto a advogados, magistrados, membros do M.P., defensores públicos, psicólogos, psicanalistas, terapeutas de família, assistentes sociais, estudantes e demais interessados.

Valores das inscrições:
Profissional R$ 250,00
Sócio do IBDFAM R$ 200,00
Estudante R$ 100,00

Ao preencher o formulário de inscrição, coloque seu nome completo, profissão e endereço. Se sócio do IBDFAM, o número da inscrição de sócio; se estudante, indique a faculdade, o curso e a série que freqüenta, indicando, ainda, um telefone para contato.Utilize o campo do formulário "Como soube do evento" para outras informações.

Inscreva-se aqui!

O depósito do valor da inscrição:Banco Bradesco (237) Agência 2903-3 Conta corrente 11711-0. Favorecido IBDFAM.

A confirmação da inscrição está condicionada à comprovação identificada do pagamento; o comprovante do depósito deverá ser enviado através do fax (21) 2509-6832 ou para o e-mail congressoibdfamrio@gmail.com

- Serão concedidas 16 horas de estágio, reconhecidas pela OAB/RJ.
- Os inscritos deverão apanhar suas credenciais no dia 28, no local do evento, entre 16 e 18:30 horas.


PROGRAMA

Dia 28 de setembro segunda-feira

19:00h Abertura
Conferência O direito de decidir - Anencefalia e outras questões difíceisConferencista LUIZ ROBERTO BARROSO Professor titular de Direito Constitucional (UERJ). Mestre pela Yale Law School

Dia 29 de setembro terça-feira

9:00h Painel
Princípios fundamentais para o Direito de Família
Expositor RODRIGO DA CUNHA PEREIRA
Advogado. Presidente do IBDFAM. Doutor (UFPR). Mestre em Direito Civil (UFMG)

10:45h Café

11:00h Painel
Lei Maria da Penha - A Ética na sua aplicação
Expositores
ALEXANDRE CÂMARA Desembargador TJ-RJ
LEILA LINHARES BARSTED Advogada e pesquisadora

14:30h Painel
Direitos Humanos e relações familiares
Expositora FLAVIA PIOVESAN Procuradora do Estado de São Paulo. Professora doutora de Pós-Graduação da PUC-SP e da PUC-PR. Mestre e doutora em Direito Constitucional (PUC-SP)

16:00h Café

16:30h Painel
A oitiva do menor e a valorização do seu discernimento
Expositora ANA CAROLINA BROCHADO TEIXEIRA
Advogada. Mestre em Direito Privado (PUC-MG). Doutoranda em Direito Civil (UERJ). Diretora do IBDFAM

Dia 30 de setembro quarta-feira

9:00h Painel
A Ética pelos aplicadores do Direito
Expositor CARLOS EDUARDO PIANOVSKI RUZIK
Advogado. Mestre e doutor em Direito das Relações Sociais (UFPR). Professor de Direito Civil (UFPR e PUC-PR)

10:45h Café

11:00h Painel
Dano moral no rompimento das relações familiares
Expositora CONCEIÇÃO A. MOUSNIER Desembargadora TJ-RJ

14:30h Painel
Ética nos conflitos familiares
Expositor SYLVIO CAPANEMA DE SOUZA Advogado. Desembargador aposentado (TJ-RJ).Professor de Direito Civil (UCAM e EMERJ)

16:00h - Café

16:30h Painel
Alienação Parental - A quebra da Étic
Expositora MARIA BERENICE DIAS
Advogada. Ex-desembargadora (TJ-RS). Vice-Presidente do IBDFAM

18:00h Sessão de encerramento
Leitura da Carta do Rio de Janeiro

IBDFAM/RioRua da Quitanda, 19 - grupo 610/11Centro - Rio de Janeiro - RJ

Diretoria :
Leilah Borges da Costa (Advogada)Presidente
Conceição A.Mousnier (Desembargadora)Vice-Presidente
Kátia Regina F.L.A. Maciel (Promotora de Justiça)Secretária
Bernardo Moreira Garcia (Advogado)1º Tesoureiro
Roberta Tupinambás (Advogada)2ª Tesoureira

Parceria: IAB / IBDFAM/Rio

terça-feira, 15 de setembro de 2009

A insanidade e paixões na disputa pela posse dos filhos

Mãe esconde filho em casa por 2 anos durante disputa de custódia nos EUA. Garoto de 6 anos era mantido em quarto secreto na casa da avó em Illinois. Pai chegou a revistar o lugar, mas não conseguiu achar Ricky Chekevdia.

Um menino norte-americano de seis anos cuja custódia era disputada pelos pais apareceu vivo na sexta-feira (4) depois de ter ficado desaparecido durante quase dois anos, segundo a polícia.

Ele estava escondido com sua mãe em um pequeno "quarto secreto" da casa de sua avó, em Franklin, no estado americano de Illinois.

Richard "Ricky" Chekevdia estava fisicamente bem, segundo os policiais, que descobriram o garoto ao cumprir uma ordem judicial de busca no local, uma casa na zona rural. Segundo a polícia, o garoto afirmou que estava muito feliz por ter sido libertado.


O garoto Richard Chekevdia em foto de 2007, divulgada pelo pai.
Foto: AP

A mãe do garoto, Shannon Wilfong, de 30 anos, é acusada de abdução de menor e está presa. A avó, Diane Dobbs, de 51, foi acusada de cumplicidade com o crime. Elas ainda não haviam contratado advogados.

Após ser libertado, o garoto ficou com parentes do pai. Agora, as autoridades investigam a acusação de que o pai teria abusado de Ricky antes de seu desaparecimento. O pai, o ex-policial Mike Chekevdia, nega.

Mike ganhou a custódia temporária de seu filho logo após o garoto e a mãe terem desaparecido, em novembro de 2007. Ele disse que suspeitava havia muito de que o garoto estava com a mãe. Mas, nas vezes em que o procurou na casa, nunca encontrava pistas dele.

O quarto foi construído especialmente para esconder o garoto, segundo a polícia. Do tamanho de uma máquina de lavar roupa, ele ficava escondido por uma parede.

Casa onde o garoto havia sido escondido pela mãe, na zona rural do condado de Franklin, em Illinois.
Foto: AP

"Eu acreditava firmemente que ele estava lá, e agora isso foi confirmado", disse Mike.

Diane, avó do garoto, argumentou a um jornal local que sua filha mantinha o garoto escondido para afastá-lo do pai. Segundo ela, a disputa da custódia foi "um pesadelo" para toda a família.

Fonte: G1.globo.com



A que nível chega a insanidade e as paixões na disputa pela posse dos filhos.

Não dá para ficar calado.

Riscos da Internet: pedofilia e bullying

É fundamental que os pais protejam seus filhos das ações dos pedófilos, sociopatas e da violência em todas as suas formas, que podem ser praticadas na Internet, contra uma criança, sobretudo a violência sexual e o bullying.

No site há várias recomendações sobre o que os pais devem fazer. Vamos reforçar alguns pontos. Pesquisa recente mostra que cerca de 30% dos pais nunca tomaram alguma providência para proteger seus filhos na Internet. Para eles me dirijo, para dizer da importância do assunto.
  • Os pais devem procurar conhecer a Internet pelo menos tanto quanto seus filhos.
  • Naveguem juntos.
  • Informem seus filhos dos riscos.
  • Lembrem-se que os adolescentes frequentam lanhouses.
  • Sobretudo, fique o máximo de tempo com seus filhos em crescimento.
Não dá para ficar calado.

Três filmes importantes

Três filmes podem nos informar um pouco e sensibilizar muito sobre o drama de adolescentes que tentam fugir de países em conflito há anos, como o Afeganistão e o Iraque. São eles:
  • Jogos de poder (Charlie Wilson's War) - Mike Nichols, USA, 2007.
  • Bem vindo (Welcome) - Philippe Lioret, França, 2009.
  • Neste mundo (In this world) - Michael Winterbottom, Inglaterra, 2002.
Os 2 últimos filmes são envolventes. Mostram o drama dos adolescentes Jamal, vindo do Afeganistão, e de Bilal, do Iraque. Ambos têm uma meta: chegar à Inglaterra.

Não dá para ficar calado.

No Rio, presos passarão a ser monitorados por equipamento eletrônico

No Rio, o governador Sérgio Cabral sancionou a lei 5530/09, da deputada Cidinha Campos, que determina que pessoas em regime aberto ou semiaberto sejam monitoradas por chips colocados em braceletes ou tornozeleiras.

A lei é bem vinda. Será cumprida? Em relação a pedófilos que foram soltos após o cumprimento da pena, a medida é fundamental e já existe em muitos países.

Não dá para ficar calado.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

"Não sou moleque de recado"

O que crianças pequenas falariam após as visitações para seus pais separados, mas em constante litígio?

- Papai, não sou moleque de recado.
- Mamãe, não sou moleque de recado.

Não dá para ficar calado.

Código de ética do boylover

Tenho sentido por parte de alguns setores da sociedade uma certa dificuldade em aceitar como a pedofilia é frequente, não só nos EUA e outros países, como pensam alguns, mas também no Brasil.

Por outro lado, a imprensa vem noticiando frequentemente casos de abuso sexual no Brasil, praticado por profissionais dos mais diversos setores da sociedade. Foge, no entanto, à percepção da mídia a imensa maioria dos casos de abuso sexual contra crianças porque eles ocorrem entre quatro paredes. A vítima é insegura, sente-se culpada, não costuma ser ouvida e acreditada. Foge também aos olhares não só da imprensa mas da Justiça, a imensa maioria dos casos de pedofilia através da Internet. Apesar dos avanços que vêm ocorrendo por conta de ações internacionais e nacionais para impedir a ação dos pedófilos pelos computadores, a tarefa continua sendo gigantesca. Por incrível que pareça, há pessoas no mundo inteiro que aceitam algum tipo de relação sexual com crianças, com ou sem contato físico, como situações normais. Alguns pedófilos através da Internet conquistam suas vítimas, divulgam suas idéias e procuram unir as pessoas que têm o mesmo interesse, ou seja, pessoas que se interessam sexualmente por crianças.

Reproduzo abaixo alguns títulos de matérias divulgadas por pedófilos alguns anos atrás, em sites que já foram desativados.
"Código de ética do boylover."
"Verdades e mentiras sobre os boylovers."
"Como ganhar um menino."
"O que é um boylover?"


É importante também relembrar textos divulgados no nosso site a respeito de a Internet, pelo seu aspecto democrático, barato, de fácil comunicação, ter se tornado o paraíso dos pedófilos. Entre eles, destacamos "Pornografia com crianças na Internet: uma luz no fim do túnel" e "Pedofilia e abuso sexual. Proteja seus filhos. O que os pais podem fazer para prevenir o abuso sexual e proteger seus filhos". Leia também a entrevista com o Dr. João Coutinho de Moura, publicada em nosso site em 08/02/08, "O olhar do psicanalista sobre a questão do abuso sexual de crianças".

Não dá para ficar calado.

Como escolher a escola do seu filho

"A difícil arte de ser criança", artigo da psicóloga Rosely Sayão, publicado em 03/09/09, no caderno Equilíbrio da Folha de São Paulo, deveria ser lido por aqueles pais que têm dúvidas sobre a escolha da escola para seus filhos a partir dos 5 ou 6 anos. Ou seja, todos nós.

O assunto já vem sendo tratado no Observatório da Infância. Leiam também:
Crianças de 6 anos devem apenas brincar ou já serem exigidas na escola?
Aprender brincando

Uma conclusão evidente é: como é difícil ser criança e como é difícil sermos pais.

Não dá para ficar calado.


ROSELY SAYÃO

A difícil arte de ser criança


Um colega, professor universitário, disse que não gostaria de ser jovem no mundo de hoje. Penso sempre nisso e concordo com ele. Agora, tenho a mesma maneira de pensar a respeito da criança. Como é difícil ser criança no mundo em que vivemos!
Nos primeiros anos de vida, quando deveria ser livre para brincar, para se relacionar com outras crianças -não necessariamente da mesma idade-, para explorar o mundo com liberdade, sem hora marcada e roteiro preestabelecido, ela precisa bancar uma vida ao modo do adulto e do que ela deverá se tornar no futuro.

Menores de seis anos têm agenda apertada a cumprir, obrigações dos mais variados tipos, preocupações dignas de adultos, escolarização precoce e tudo o mais. Pouco resta de tempo que possa ser usado para a coisa mais importante desse período: brincar sem compromisso. Não há espaço na vida delas para o ócio, veja só.

Depois dos seis anos, mais ou menos, a criança deveria se desenvolver: passar, progressivamente, a se responsabilizar por suas coisas, assumir compromissos, encontrar soluções para situações problemáticas próprias de sua vida, aprender. É o tempo de crescer, que coincide com o início do árduo aprendizado da leitura, da escrita e da aritmética. A vida na escola, que nesse momento representa o mundo para a criança, é, portanto, a situação privilegiada para que ela cresça. E não é que muitos pais têm atrapalhado os filhos em seu crescimento e, portanto, não têm deixado que isso ocorra?

Esses pais têm o que julgam ser um bom motivo: protegê-los de injustiças, sofrimentos, frustrações e problemas. Na verdade, impedem que eles cresçam. Crescer dói e, portanto, certos sofrimentos são inevitáveis.

Há pais que reclamam dos professores de seus filhos, por exemplo. Ora são considerados bravos em demasia, ora injustos em suas atitudes, ora rigorosos ou exigentes além da conta. Acontece que a criança dessa idade precisa aprender a lidar com as incompreensões do mundo, com as pequenas injustiças, com as exigências e cobranças a ela dirigidas, entre outras coisas. Crescer supõe construir mecanismos para fazer frente a essas situações.
Lembro-me de um trecho de um livro de Françoise Dolto -transcrição de um programa de rádio em que respondia a pais aflitos- em que a psicanalista sugeriu que a mãe, cujo filho se recusava a ir para a escola porque a professora era muito brava, dissesse a ele que, se a professora ensinava, não tinha importância se era brava. Esse é um modo de dizer que o filho não pode se recusar a crescer, que esse é seu destino.
Há pais que não querem que filhos dessa idade enfrentem dissabores e arquem com as consequências de seus atos. Permitem que drible os colegas ou a escola quando precisam prestar contas de alguma atitude ou dever. Há os que aceitam desculpas esfarrapadas para os mesmos erros repetidas vezes.
Precisamos ajudar essas crianças a crescer, a seguir em frente. Caso contrário, estaremos plantando um futuro infantilizado em suas vidas.

ROSELY SAYÃO é psicóloga e autora de "Como Educar Meu Filho?" (ed. Publifolha)

Eu não sou dono do mundo, mas tenho culpa porque sou filho do Dono

Ouçam a música e prestem atenção à letra desta canção, Filho do Dono, do compositor goiano Petrúcio Amorim, soberbamente interpretada pela cantora Maria Eugenia.



Filho do Dono
Maria Eugenia


Não sou profeta nem tão pouco visionário
Mas o diário desse mundo tá na cara
Um viajante na boléia do destino
Sou mais um fio da tesoura e da navalha
Levando a vida tiro verso da cartola
Chora viola nesse mundo sem amor
Desigualdade rima com hipocrisia
Não tem verso nem poesia
Que console um cantador
A natureza na fumaça se mistura
Morre a criatura e o planeta sente a dor

O desespero no olhar de uma criança
A humanidade fecha os olhos pra não ver
Televisão de fantasia e violência
Aumenta o crime, cresce a fome do poder

Boi com sede bebe lama
Barriga seca não dá sono
Eu não sou dono do mundo
Mas tenho culpa porque sou filho do dono.


Não dá para ficar calado.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Por uma infância feliz para crianças e adolescentes

Acompanhando a tendência atual da comunicação de construção de Redes Sociais, o Observatório da Infância (http://www.observatoriodainfancia.com.br/) e o blog Não dá para ficar calado (http://naodaparaficarcalado.blogspot.com/) já aderiram ao:
O objetivo é aumentar as possibilidades de lutarmos por um interesse comum: um desenvolvimento feliz para crianças e adolescentes.

Não dá para ficar calado.

A mitomania é moda no Brasil

Para se aprofundar um pouco no tema, indicamos 2 filmes disponíveis em vídeo.

Um chama-se "A Agenda" (L'Emploi du Temps - 2001). Melhor filme nos festivais de Veneza e de Viena. Um homem extremamente angustiado tenta infantilmente fugir da realidade através da mentira e da simulação durante um sofrido período de sete meses.

Veja também "O adversário" (Adversaire, L' - 2002). Baseado em um caso real de mitomania ocorrido na França. Leia também o livro "O Adversário", de Emmanuel Carrère - Editora Record.

Dos exemplos brasileiros atuais, não preciso fazer referências. Todos os conhecem bem. Faltam o filme e o livro.

Não dá para ficar calado.

Matança de golfinhos em ritual de passagem na Dinamarca

Vocês viram as fotos da matança de dóceis golfinhos na super desenvolvida Dinamarca, país membro da União Européia?

Jovens praticam todos os anos esta barbárie como um ritual de passagem, acompanhados de seus pais. O local é a paradisíaca ilha Faroe.









Não dá para ficar calado.