O recente ataque à um comboio da ONU na Siria obriga-nos a pensar no atentado contra o escritório da ONU em Bagdá no dia 19 de agosto de 2003. Nele morreu o brasileiro Sergio Vieira de Mello que há dois meses lá estava com a missão de chefiar uma equipe da ONU na tentativa de organizar a volta, quase impossível, à normalidade de um Iraque invadido e destruido pelas chamadas forças da coalizão comandadas pelos EUA. Passados 10 anos o Iraque continua em luta interna com atentados que se repetem. No mês de julho houve mais de mil mortos. É triste pensar que Sergio Vieira de Mello pode ter morrido em vão, vítima não só de terroristas iraquianos mas de erros de governos e de instituições que desprezam seres humanos em benefício de interesses econômicos e políticos e alimentados pela vaidade e arrogância dos que têm o poder.
É assustador agora vermos as notícias da formação de uma nova coalisão, comandada pelos que se consideram donos do mundo e justiceiros universais, os EUA, humildemente seguidos pelo Reino Unido ( como de hábito) e por uma França desgastada por uma recessão e por um presidente rejeitado pela maioria de seu povo.
A justificativa dos EUA para invadir o Iraque foi a alegada existência de armas químicas.Era uma mentira plantada para enganar o mundo e formar o grupo invasor que destruiu o Iraque. Não havia armas químicas de destruição em massa.A ONU não aprovou o ataque. Ela só foi chamada pelos EUA, a posteriori, porque precisavam de um aval internacional para as suas desastrosas tentativas de recuperar um Iraque arrasado.
Agora os EUA comunicam ao mundo que estão prontos para iniciar um ataque à Siria amanhã dia 29 de agosto. A justificativa, certamente mais uma mentira, é o uso de armas químicas pelo ditador Assad. É realmente assustador assitirmos impotentes a uma repetição da História, forjada pelos que detêm o poder
NÃO DÁ PARA FICAR CALADO
quarta-feira, 28 de agosto de 2013
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