Alepo, a segunda maior cidade síria, está hoje em evidência por conta da guerra civil no país. Mas em 1916 Alepo foi palco de um crime contra a humanidade. Em seis meses, cerca de 1,2 milhão de armênios foram enviados pelo governo turco, de diversas aldeias para o deserto sírio, em uma caminhada para a morte. Quantos sobreviveram? Henri Morguenthau, então embaixador dos EUA em Constantinopla afirma em seu consagrado livro que de cada grupo de 18 mil pessoas, apenas 150 chegavam a Alepo.
A realidade está bem mostrada em livros e filmes. A Turquia irracionalmente nega o genocídio armênio. Documentos históricos e testemunhos mostram claramente a matança dos armênios ordenada pelo governo turco.
O reconhecido filósofo francês Bernard Henri Levy, de origem judia, afirmou em discurso: "O negacionismo é inaceitável. Como nos sentiríamos hoje se o genocídio praticado contra nosso povo pelos nazistas não fosse reconhecido pela Alemanha?". É bem conhecida a frase de Hitler ao ordenar o assassinato dos judeus: "Quem se lembra hoje da matança dos armênios pelos turcos?".
Muitos países e instituições internacionais reconhecem hoje o genocídio dos armênios pelos turcos: Alemanha,Argentina, Armênia, Bélgica, Chile, Chipre, Canadá, Eslováquia, França, Grécia, Holanda, Itália, Líbano, Lituânia, Polônia, Rússia, Suiça, Suécia, Uruguai, Vaticano e a Venezuela.
O exemplo da França que hoje reconheceu através de seu presidente, François Hollande, a culpa da França por ter enviado milhares de judeus franceses para a morte em campos de concentração nazistas, deve servir de estímulo para outros países que ainda aceitam o negacionismo. Quando o Brasil fará parte da lista de países que reconhecem o genocídio armênio?
Não dá para ficar calado.
sábado, 28 de julho de 2012
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