terça-feira, 12 de abril de 2011

Pesquisa da ABRAPIA sobre bullying

Em 2002, a ABRAPIA (Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência) aplicou uma pesquisa sobre bullying na cidade do Rio de Janeiro, envolvendo
5.337 alunos da 5ª à 8ª série do Ensino Fundamental de 11 escolas, sendo que 9 públicas e 2 particulares.


A qualidade técnica da pesquisa foi garantida pela participação do IBOPE.


Certos do pioneirismo da divulgação do tema bullying no Rio de Janeiro, e talvez no Brasil, e da importância daquela pesquisa também pioneira no Brasil, a equipe coordenada pelo Dr. Aramis Lopes Neto dedicou-se apaixonadamente ao trabalho. O resultado do amplo trabalho realizado foi publicado no livro (esgotado) "Diga NÃO ao bullying".


Não dá para ficar calado.


Hoje que estamos sendo intensamente procurados pela imprensa sobre o tema bullying e sobre o resultado da pesquisa, acho oportuno dar algumas informações básicas. Os resultados da pesquisa estão divulgado no site Observatório da Infância (http://www.observatoriodainfancia.com.br/).


Repassamos aqui apenas alguns dados da pesquisa para estímulo dos que se interessarem.

A idade média da população avaliada foi de 13,47 anos. Admitiram ter sido alvos de bullying 16.9%. 57% admitiu ter sido testemunha do bullying. Na pesquisa praticamente não houve predomínio de sexo. Ao contrário de outras pesquisas o local mais frequente para a prática do bullying foi a sala de aula (60.2%). Os tipos mais frequentes de bullying foram apelidar (54.2%) e agredir (16.1%).


Além do pioneirismo da pesquisa cujos resultados levaram ao início de uma divulgação intensa pela mídia brasileira do tema , hoje já impregnado na sociedade, é importante destacar o aspecto universal dos resultados. O bullying é universal e independe do país , da classe social ou das condições econômicas.


Reforço aqui o que tenho dito: o bullying escolar (school place bullying) ocorre na escola e é lá que tem que ser prevenido antes de tudo e tratado. Todas as crianças têm o direito de ter uma infância feliz e faz parte dela boas recordações da escola.


Não dá para ficar calado.

Um comentário:

Viviane Pascoal disse...

Boa noite, Lauro

Sou Viviane Pascoal, jornalista esp. em jornalismo literário. É um prazer conhecer o seu blog. Primeiro, adorei o nome, não dá mesmo para ficar calado diante de tanta falta de humanização que encontramos entre as pessoas, seja em situação de bullying escolar ou de qualquer outra atrocidade. Segundo, há alguns anos pesquiso e estudo sobre este tema, e agora, diante do caso de Realengo, já que encerraram as investigações, resolvi publicar um artigo reflexivo chamado "No escuro". O sr. é meu convidado de honra, para conhecer e comentar. Aguardo sua visita!
www.redacaointegrada.com.br