É impressionante o interesse da mídia pelo bullying. Somente eu tenho dado três entrevistas por semana sobre o tema. Mas há muitos profissionais que estão fazendo palestras pelo Brasil, promovendo reuniões e sendo procurados pela imprensa. O que está ocorrendo é muito bom. Lembro-me de que,quando em 2002 comecei a falar sobre bullying, havia rejeição até pela palavra, um evidente anglicismo. Há pouco anos atrás o bullying era praticamente desconhecido no Brasil. Hoje já se nota um exagero e até um desvirtuamento do termo. Qualquer violência contra criaças, especialmente na escola,tem sido chamado de bullying. Não é assim.
O bullying escolar (school place bullying) é uma situação de violência continuada de alguns alunos contra outros que não têm como se defender e sofrem muito com a discriminação e o isolamento que lhes é imposto por alguns com a complacência da maioria.
Falamos de bullying na escola, mas ele pode ocorrer no ambiente de trabalho (work place bullying) ou em qualquer instituição. Nesses casos é geralmente chamado de assédio moral. O cyber bullying, ou seja o bullying através da internet ou até do telefone celular (mobile bullying), pode envolver alunos de uma mesma escola, mas não se trata propriamente do bullying escolar. Por outro lado há várias outras formas de violência na escola, que não podem ser caracterizadas como bullying.
Não dá para ficar calado.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
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Um comentário:
O Faustão é que merecia ter essa definição esclarecida. Até pensei que surgeria algum comentário sobre ele quando li o título da postagem.
Foi engraçada a gafe, dele ter confundido com "bulimia". Mas ao mesmo tempo desastrosa, porque mostra a ignorância dessas figuras importantes que transmitem a informação.
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