O presidente Lula e o ministro da saúde (José Gomes Temporão), o governador Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro, e o seu secretário de saúde (Sérgio Côrtes) e ainda o prefeito do Rio, Eduardo Paes, foram fartamente fotografados jogando camisinhas para o público, durante o desfile das escolas de samba, no Sambódromo do Rio. Um colunista do Rio (O Globo), em 25/02/09, registrou o fato com a seguinte pergunta: "Alguém imagina Vladimir Putin, Angela Merkel, Sarkozy, Gordon Brown, ou mesmo Obama fazendo algo semelhante?"
Outro colunista (O Estado de São Paulo) escreveu em 25/02/09: "Só nas imediações da Marquês de Sapucaí, o presidente Lula ajudou a distribuir 70 mil por noite, o que dá mais ou menos uma por cabeça - aí incluídas as alas mirins e a velha-guarda de todas as escolas. Nos últimos quatro dias, o País jogou camisinha para o ar como antigamente fazia com serpentina e lança perfume."
O ocorrido lembrou-me de uma situação antiga e, de certa forma, análoga. Há muitos anos atrás alguém propôs que helicópteros despejassem cartelas de contraceptivos sobre as favelas do Rio, para reduzir o número de filhos das mulheres da comunidade. O bom senso evitou que a medida fosse tomada.
Será que a farta e aleatória distribuição de um contraceptivo de barreira, que são as "camisinhas", por alegres autoridades no Carnaval contribuiu efetivamente para o planejamento familiar que todos desejamos e para a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis? Acho que não.
Não dá para ficar calado.
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
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Um comentário:
Lauro: que bom ver você de volta! Quanto à distribuição de camisinhas por autoridades durante desfile de carnaval também me parece estranho, embora não seja contrário a distribuição de preservativos. Creio que o principal objetivo foi o de prevenir doenças sexualmente transmissíveis e não gravidez.
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