A Folha de São Paulo de 20/03 noticia que Juiz Federal de Porto Alegre condenou a pagar 500 mil por danos difusos às mulheres, a produtora responsável pelo funk Tapinha, pelo refrão "Tapinha não dói", por banalizar a violência contra a mulher. O advogado de defesa alega que: "Ele (Mc Naldinho) deu um tapinha no trazeiro da filha, uma vez e ela disse: "Pai, um tapinha não dói." Daí veio a letra para criticar a posição dos pais que não sabem dizer não aos filhos."
O autor da música disse que deu apenas um "tapinha corretivo" na filha Karolyne, quando ela tinha três anos.
A ministra Nilcéia Freire aplaudiu a decisão da Justiça. E eu também. Mas vamos além: a letra não apenas banaliza a violência contra a mulher, mas também a violência contra a criança. Então, estabelecer limites é "dar tapinhas"? Entendo que seja um ato que traduz desinformação e covardia. Eu diria para que os pais fiquem muito atentos se seus filhos lhe disserem "Pai, um tapinha não dói." Aplausos à decisão do juiz de Porto Alegre. E minha desconfiança para Caetano Veloso, que defendeu há anos atrás a letra, considerando-a linda. Então dar tapinha é lindo, Caetano?
Não dá para ficar calado.
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