O jornalista Arthur Dapieve abordou em seu livro, Morreu na contramão - Suicídio como notícia, um acordo ético entre os editores para não divulgar mortes por suicídio, inclusive para editar o exemplo e o "contágio".
O suicídio da artista Leila Lopes, claramente uma mulher em sofrimento, vem sendo escandalizado por alguns jornais de sites na Internet. É um desrespeito e falta de ética.
Por que os veículos de comunicação considerados éticos não reclamam da exploração da imagem e do desserviço feitos pelos seus colegas?
Lembro-me que um estudioso do suicídio entre jovens do Brasil chegou a escrever que o suicídio seria causado pelo "suicidococus contagiosus", uma vez que é muito frequente que outros suicídios se sigam após uma grande divulgação na mídia do suicídio de um personagem conhecido na sociedade.
Além do desrespeito total ao ser humano, a divulgação intensa do bem sucedido suicídio de Leila Lopes com "chumbinho" (veneno de rato) e tranquilizantes é uma boa informação para os suicidas em potencial.
Para reforçar aqui o respeito que merece um ser humano que, geralmente só em grande desespero e depressão, se suicida, leiam algumas palavras que Leila Lopes deixou para a sua família: "Não aguento mais pensar, pagar contar, resolver problemas".
Leia mais sobre suicídio no Observatório da Infância:
- A prevenção do suicídio
- Suicídio na adolescência
- Perguntas e respostas frequentes sobre suicídio
- Grito de socorro
- Bullying na Internet leva adolescente ao suicídio
- Indicação de filmes sobre eutanásia e suicídio assistido
- Mar Adentro
- Eutanásia. Hannah, 13 anos: "Quero morrer feliz, calmamente, em casa, entre os que me amam"
- A ponte (The bridge)
- Referências Bibliográficas sobre Suicídio
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