Filho do Dono
Maria Eugenia
Não sou profeta nem tão pouco visionário
Mas o diário desse mundo tá na cara
Um viajante na boléia do destino
Sou mais um fio da tesoura e da navalha
Levando a vida tiro verso da cartola
Chora viola nesse mundo sem amor
Desigualdade rima com hipocrisia
Não tem verso nem poesia
Que console um cantador
A natureza na fumaça se mistura
Morre a criatura e o planeta sente a dor
O desespero no olhar de uma criança
A humanidade fecha os olhos pra não ver
Televisão de fantasia e violência
Aumenta o crime, cresce a fome do poder
Boi com sede bebe lama
Barriga seca não dá sono
Eu não sou dono do mundo
Mas tenho culpa porque sou filho do dono.
Não dá para ficar calado.
Um comentário:
Muito boa a música e cantora! parabéns pela descoberta e o compartilhar.
Obrigada
wania
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