quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Abuso sexual no esporte

Na seção A Semana e com o título "O caso Joanna Maranhão", a Revista Isto É de 20/02/08 opina sobre o abuso sexual sofrido pela nadadora Joanna Maranhão, no meu entender, com julgamento apriorístico e demonstrando desconhecimento do tema.
A pedofilia é freqüente no mundo inteiro. As vítimas são crianças e adolescentes de baixa idade. O abusador é uma pessoa aparentemente normal e que goza da confiança e da amizade da vítima e de sua família.
As crianças não contam o que ocorreu por sentimento de vergonha e culpa. Quando falam não são acreditadas. Em apenas 15% dos casos o abuso sexual de crianças deixa marcas físicas que poderiam servir como prova. Testemunhas geralmente não há. Então as crianças se calam, sofrem e só conseguem falar quando alguém as escuta e acredita nelas. Tudo indica que foi o que aconteceu com Joanna. Ao contrário do que afirmou a revista: "Acusações desse tipo, sem provas são levianas porque destroem a vida de quem é acusado", penso que devemos parabenizar, apoiar e incentivar a nadadora Joanna. Assim como já fizeram muitas pessoas conhecidas em vários países (Oprah Winfrey, por exemplo), ela com a sua coragem está servindo de exemplo e alerta para muitas crianças e seus pais. Aliás, como já está acontecendo em Recife: duas outras alunas do mesmo professor também já contaram o abuso sexual que teriam sofrido.
Não dá para ficar calado.

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